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sábado, 28 de setembro de 2019

Pandeiro Workshop - João Araújo

Pandeiro Workshop
João Araújo




Pandeiro Workshop é uma iniciação ao universo fascinante do instrumento musical mais popular do Brasil: o pandeiro. Elaborado numa edição bilíngue (português e alemão), o livro propõe uma série de exercícios e exemplos de células rítmicas para diversos gêneros musicais como o samba, o choro, o baião entre outros. O livro é ricamente ilustrado com imagens do instrumento e das mãos em diversas posições e perspectivas, o que facilita o aprendizado e a assimilação. Entretanto, mais do que um manual prático sobre as técnicas de se tocar o pandeiro, o livro também oferece ao leitor uma reveladora pesquisa historiográfica introdutória sobre o instrumento e um glossário rico que esclarece verbetes importantes sobre a cultura brasileira. 

Este livro foi o resultado de anos de prática com o pandeiro, realizando concertos e shows com várias bandas, orquestras e artistas mundo afora. Ao longo da sua trajetória, João Araújo também teve a oportunidade de observar alguns dos grandes mestres deste instrumento no Brasil. O autor espera que consiga passar ao leitor um pouco do seu entusiasmo e experiência por este instrumento apaixonante.


Ficha Técnica:
Título:
Pandeiro Workshop (João Araújo)
Projeto Gráfico: Iêda Alcântara
Fotos: Carolina Araújo
Arte da Capa: Carolina Araújo
Revisão: Holm Pingel
Cidade/País/Ano: Heroldsbach, Deutschland, 2019
Edição: GIRABRASIL UG
ISBN: 978-3-9821276-0-6

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Literary Friends - Amigos Literários

Literary Friends - Amigos Literários
* Feira Literária de Frankfurt 2018 / Literary Fair of Frankfurt 2018 *


João Araújo and Fátima Nascimento

João Araújo and Britta Moench-Pingel

João Araújo and Fernanda Krüger

Telma Brites

João Araújo and Isa Bela

Isabel Cintra

João Araújo and Zeka Cintra

João Araújo and Luciano Roberto

João Araújo and Marco Coiatelli

Frankfurt Literary Fair 2018

Frankfurt Literary Fair 2018
* Feira Literária de Frankfurt 2018 *





















segunda-feira, 7 de março de 2016

Um Banquete

Um Banquete
(por João Araújo)

O banquete vai ser servido mas, antes, é necessário o seu preparo delicado. Não há festejos, nem solenidades... não há sorrisos... não há nem a regalia das aparências... Onde andará o amphitryon de Molière? Chamem a moça que ficou de vir de vestido longo... e era vermelho... Convites sofisticados em alto-relevo, idades doiradas, batons, pós-de-arroz, jóias e encantos… sumiram todos... Todos não é tudo... As idades pararam... Mas que raio de banquete é este?! Só há um convidado: a preparar tudo, a receber-se, a cumprimentar-se... Corram! Corram! Os criados esqueceram de acender as luzes dos salões! Mas que salões e criados o quê, se nem o singular deu a cara ainda!?... Os holofotes não escusam por esconderem as sombras... A cozinha é fria, a torneira roda, a água cai, a panela enche. Tragam-me da dispensa, um pouco do requinte dos temperos finos e iguarias do Oriente. A governanta conseguiu retornar de Champagne com a lista das compras? Nem a lista, nem as compras... Quem escreveu o quê? E as ovas do esturjão? Onde estão? Nem no chão... Não, parece que ela preferiu ir para Milão... Mas que diacho de banquete é este?! A água é fria, o fogo acende, o metal esquenta. Menina, você é novata: arrume esse uniforme e preste atenção nos mais antigos! Onde está toda a gente? Ela vai ver e rir? Senhor maître, vai querer quantos tipos de canapés? Não importa, o sabor muda de acordo com a esperança... Ponham para gelar as garrafas de vinho das melhores castas. Onde estão todas elas? O salão e as mesas já brilham, de se perderem nas vistas... Está tudo posto como rege a etiqueta, como manda o figurino: colheres, garfos, facas e o cristal das taças sem as marcas dos dedos... Está tudo perdido das vistas... Toda a gente nos seus postos? Para quê? Ela vai ver e rir? E se essa gente tiver medo das suas dores amanhã? Toda a gente? Ela vai ver e rir... Aquele enólogo vai aprovar esse bouquet estupendo e a gente toda vai se perfumar... A gente?! Mas que gente?! A gente vai ver e rir? Se eles tiverem medo da dor, vai alterar o sabor dos canapés... Corram! Avisem a todos sobre as esperanças! Mandem eles virem com as promessas debaixo do braço, além do traje a rigor. Onde está ver e rir? Mas que diabo de banquete é este?! Ajeitem essas gravatas-borboleta. Os portões já estão abertos? Vão abrir urgente, o Tempo pode ser o primeiro a chegar... O fogo insiste, o metal conduz, a água aquece. E se aquela dama estiver com dificuldades com o itinerário? Essa ansiedade, essa expectativa... Isso pode lhe alterar o perfume do vinho... Só há um anfitrião: a sorrir-se, a abraçar-se, a beijar-se... Ao menos os risos forçados ainda se sustentam... Até quando?... Onde ela foi ver e rir? Mordomo Alex! Mordomo Petrius! Tomem tento nos convidados! Poderia ter sido Charles... Madame, oh-ho-ho-hos... Mademoiselle, ih-hi-hi-his... Sintomas de alegrias... Monsieur, com-licenças, eu-peço-desculpas, ah-ha-ha-has, eh-he-he-hes, obrigadinhos pra lá, muitos-prazeres pra cá. Onde estão as vozes, os burburinhos, os cochichos?!... Por falar em prazeres, o que é melhor mesmo: a esperança ou o temor? E se ela pedir para ir ao toilette? Onde ela vai? Onde ela foi? Ver e rir? Um banquete de um homem só... Que danado de banquete é este, meu Deus?! Acho que o bacalhau ficou um pouco salgado... Sonha com um futuro agradável que melhora... A senhorita aceita uma dose de licor? Mas se eu nem participei da ceia ainda... Tudo tem a sua primeira vez... Está bem, vou aceitar só um pouquinho, porque o senhor sabe que eu não estou aqui, não é mesmo?... Só há uma pessoa: a servir-se, a conversar-se, a desconhecer-se... Já o salmão ficou insosso... Nesse caso, cessa a dor que ele vai ficar no ponto. Mas qual delas? Não aprendeu ainda? A maior é claro! Quanto maior a dor estancada, maior o prazer; mas vai logo, pois não dá para aguentar por muito tempo... E o vermelho do vestido? Já chegou? Vermelho é a cor mais rápida! Pelo menos isso: era a promessa que faltava para dar gosto às perdizes... Nos convites indicavam que era para os senhores virem de smokings... Mas e se os Smokings chegarem primeiro? Manda aguardarem no Bar e serve um aperitivo... Quem sabe, com a espera, eles não se transformem no vestido vermelho?... A água recebe, a temperatura aumenta, a matéria agita. Nesse caso, é melhor contabilizar quantas esperanças e quantos temores ainda temos para condimentar o restante dos pratos principais. Não há problemas, os convidados trazem de sobra. Olá, como vai? Caríssimos... Lindinhas... Minhas senhoras... Meus senhores... Seria quase: Respeitável Público! Ladies and Gentlemen! Isso já é exagero... Que banquete medonho é este, meu Deus?! E os irmãos Verri? Confirmaram presença? Não sei se vão tomar champagne... Seja o que for, que tragam as esperanças... Cozinheiras e garçons atentos, ouvi um ruído!... Deve ter sido o amarelo do vestido... Violinos, violas, cellos, sutilezas sonoras: le Orchestre… Os músicos chegaram? E a moça? Está longa e vermelha… Ah, certo, a espera dela... Não, a música... Dela?... O temor vem de black-tie... Isso já sabíamos... Já avisei para tomar cuidado com os singurales da vida... A moça já envelheceu... Ver? Rir? Já não se sabe... Ninguém veio ver e rir... Ninguém vem, venho Eu... Será um banquete de misantropos? Eu só mais Eu... Eu sou Maiseu. Já é alguma coisa. Le misanthrope. Agora sin, de singular… Sim, mas diga quantas eram as esperanças mesmo? Não sei. Poquelin de novo? Nem isso… Só sei que a soma de todas as dores é muito maior do que a dos prazeres. Mas é tanto assim?... Aí você já está querendo saber demais... Pergunta a eles... A matéria ferve, o vapor se espalha, a água borbulha. Eles quem? Os convidados que não existem. Meu Deus! Que banquete!? Droga, me queimei...
MENSÃO HONROSA NO CONCURSO NACIONAL DE CONTOS
MIGUEL SANCHES NETO” EDIÇÃO 2011 - CATEGORIA NACIONAL

quinta-feira, 16 de abril de 2015

VI (intermédio)


VI (intermédio) 


...entreguei-me por um instante à deambulação... assim,
fui tornando-me um pouco mais experiente
no reconhecimento do território...
chegavam muitos forasteiros...
não estavam à toa,
procuravam algo e
traziam, consigo, certa ansiedade e medo...
eu comecei a dar as mãos
aos que pareciam mais perturbados... 
inventava forças e o plano funcionava:
aos poucos eles iam sentindo-se mais seguros... 
porém, era apenas uma questão de tempo 
pois, quando as suas confianças eram restauradas, 
reconheciam, em meio à heteróclita massa,
um grupo qualquer, supostamente de seus semelhantes... 
depois,
julgavam-me com os olhos, 
desconfiavam das flores que lhes havia dado, 
questionavam o meu auxílio,
até o instante em que me desconheciam
por completo
e partiam levando consigo toda a porção
da energia inventada,
que os havia oferecido... 

sábado, 12 de novembro de 2011

Prêmio Jabuti 2011 - Melhor Livro de Ciências Exatas

Prêmio Jabuti 2011
Categoria: Melhor Livro de Ciências Exatas


Sumário do Livro Premiado:

Teoria quântica: estudos históricos e implicações culturais
Organizadores: Olival Freire Jr., Osvaldo Pessoa Jr., Joan Lisa Bromberg
Editora da UEPB, Campina Grande e Livraria da Física, São Paulo



Parte I - História: da teoria quântica – Desenvolvimentos e fundamentos

1 ‐ Joan Bromberg – Problemas de Pesquisa na História da Mecânica Quântica
2 ‐ Olival Freire Jr. – Dissidentes quânticos: a pesquisa sobre fundamentos da teoria quântica em 1970.
3 ‐ Fabio Freitas ‐ A descoerência emerge: os múltiplos caminhos de um novo fenômeno físico.
4 ‐ Paulo Vicente Moreira dos Santos ‐ O itinerário científico de Louis de Broglie em busca de uma interpretação causal para a mecânica ondulatória
5 ‐ Wilson Fábio de Oliveira Bispo e Denis Gilbert Francis David ‐ Sobre a cultura material dos primeiros testes experimentais do teorema de Bell: uma análise das técnicas e dos instrumentos (1972‐76)
6 ‐ Christian Joas ‐ Campos que interagem: Física Quântica e a transferência de conceitos entre física de partículas, nuclear e do estado sólido.

Parte II - Implicações Filosóficas da teoria quântica

7 ‐ Michel Paty – “Construção de objeto” e objetividade em física quântica
8 ‐ Christoph Lehner – O realismo de Einstein e sua crítica da mecânica quântica
9 ‐ Stefano Osnaghi – Bohr e o problema da medição: uma solução dualista?
10 ‐ Frederik M. Santos – Algumas singularidades do pensamento de Eugene P. Wigner
11 ‐ Jhonny Castrillon Perez – Fundamentações e perspectivas para a teoria quântica

Parte III - Implicações culturais e educacionais da teoria quântica

12 ‐ Osvaldo Pessoa Jr. ‐ O Fenômeno Cultural do Misticismo Quântico.
13 ‐ Frederico Cruz – Mecânica quântica e a cultura em dois momentos
14 ‐ Alessandro Frederico da Silveira, Aurino Ribeiro Filho e Ana Paula Bispo da Silva ‐ Os Princípios de Complementaridade e de Incerteza na obra Copenhague de Michael Frayn: a arte e a teoria quântica
15 ‐ Jose Luis de Paula Barros Silva e Nidia Franca Roque ‐ Teoria da ressonância: história e ensino.
16 ‐ Ileana Greca e Olival Freire Jr. – Ênfase conceitual e interpretações no ensino da Mecânica Quântica.

Parte IV - Construção da teoria quântica: história e tendências de pesquisa

17 ‐ Silvio Dahmen ‐ Max Planck e a Física de Sistemas Estocásticos
18 ‐ Roberto de Andrade Martins ‐ De Louis de Broglie a Schrödinger: uma comparação.
19 ‐ Indianara Silva, Olival Freire e Ana Paula Bispo da Silva ‐ A imagem pública de Arthur Holly Compton: um físico quântico ou clássico?
20 ‐ Aurino Ribeiro Filho – Mecânica Quântica e Não Linearidade – possibilidades e dificuldades.
21 ‐ Araújo, J.; Cordovil, J.; Croca, J. R.; Moreira, R. N.; e Rica da Silva, A. ‐ Ontologia de Fourier, Análise Local por Onduletas e Física Quântica.

Sobre o Prêmio Jabuti:

O Jabuti – Apresentação
Criado em 1958, o Jabuti é o mais tradicional prêmio do livro no Brasil. O maior diferencial em relação a outros prêmios de literatura é a sua abrangência: o Jabuti não valoriza apenas os escritores, mas destaca a qualidade do trabalho de todas as áreas envolvidas na criação e produção de um livro. As 21 categorias do Jabuti 2010 contemplam não só estilos – Romance, Contos e Crônicas, Poesia, Reportagem, Biografia e Livro Infantil – mas também a Tradução, a Ilustração, a Capa e o Projeto Gráfico.
Anualmente, editoras dos mais diversos segmentos e escritores independentes de todo o Brasil inscrevem milhares de obras em busca da tão cobiçada estatueta e do reconhecimento que ela proporciona. Receber o Jabuti é um desejo acalentado por todos aqueles que têm o livro como seu ideal de vida. É uma distinção que dá ao seu ganhador muito mais do que uma recompensa financeira. Ganhar o Jabuti representa dar à obra vencedora o lastro da comunidade intelectual brasileira, significa ser admitido em uma seleção de notáveis da literatura nacional.

Seleção e premiação
Um corpo de jurados altamente especializado, composto por profissionais com ampla bagagem em suas respectivas áreas de atuação, faz a análise das obras. A contagem dos votos é feita em sessões abertas ao público e dividida em duas etapas. Na primeira sessão pública, são selecionadas as 10 melhores obras em cada umas das 21 categorias. A segunda sessão define os três primeiros lugares de cada categoria, sendo que o primeiro colocado recebe R$ 3 mil e uma estatueta, a qual também é concedida aos segundo e terceiro lugares. O primeiro lugar da categoria especial Tradução de Obra Literária Espanhol-Português recebe R$ 3 mil.
Na cerimônia de premiação e entrega das estatuetas, são revelados os Livros do Ano de Ficção e Não-Ficção, momento mais aguardado por todos aqueles que concorrem ao Prêmio, pelo mercado editorial e pela mídia especializada. Os livros são escolhidos pelo voto dos jurados e de profissionais do mercado editorial. Os dois vencedores recebem R$ 30 mil cada um, além da estatueta.

Outros Contatos

Veja Links para matérias de João Araújo:

- Um itinerário crítico para o imaginário de Mafalda Veiga:
Decomposição de um cancioneiro através da imaginação da matéria
in Germina - Revista de Literatura e Arte. (link para o artigo)