In Brazil I have helped to establish a cultural and musical group called Um Bloco em Poesia. We have organized several shows and events. The group has a band with 22 musicians, a choir with 10 singers and a group of 50 people with carnival costumes. In our presentations in clubs we have organized musical performances and recitals of poetry. In addition, we have made parades through the streets playing music for the people. Below I show some photos that record a few moments of the group Um Bloco em Poesia.
…nesse imenso caminho irregular, há atalhos quase desertificados… vias fraturadas… sendas decaídas, onde sobressaltam os desejos não concretizados… do vazio que preenche os becos abandonados, resta apenas a consciência de se saber caminho… por vezes, as entradas conduzem a um conto falhado, um poema frustrado… talvez, um diário de bordo, mal feito e descuidado… quiçá, a esboço longínquo de um romance fragmentado… fragatas à deriva… ciganos quase-imóveis e, ainda assim, necessários…
Mostrar mensagens com a etiqueta Blocos Líricos. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Blocos Líricos. Mostrar todas as mensagens
sábado, 25 de junho de 2016
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015
A Liga dos Blocos
Clique para escutar a música:
A Liga dos Blocos
Autoria: João Araújo e Luciano Magno
Interpretação: André Rio
Interpretação: André Rio
Um Bloco com a força de um vermelho em flor,
Com a áurea cor de clara evidência amor
E não de um ouro vago esbanjo de esplendor,
Mas sim branco que veste o azul melhor do céu…
Um branco, irmão celeste, feito em doce mel
De luas tão aflitas por poetas vãos,
Vestindo cor-de-praça, esverdeado véu,
Em seu multiplicado estado imensidão…
Um Bloco como um Sol, poder de cantador,
Do negro, a densa idéia, misteriosa flor,
Do peito, a transparência do amigo leal,
De rara realeza, ardendo o Carnaval…
Um Bloco qual neblina, mãos de trovador,
Que espalha um canto exato, solta abraço e voz,
Enfeitiçando o ontem com a cor do amanhã,
Reiventando as puras cores de todos nós…
Vem senhorinha, vem minha paixão,
Vem meu amigo, vem fechar cordões,
Vamos seguindo a amiga evolução
E o amor que Liga os nossos corações
Etiquetas:
Blocos Carnavalescos,
Blocos Líricos,
Brasil,
João Araújo,
João Poeta,
Música Popular Brasileira,
Pernambuco,
poema,
poesia,
Um Bloco em Poesia,
Verso
terça-feira, 10 de fevereiro de 2015
Carta para Aldemar Paiva
Carta para Aldemar Paiva
No palco da vida, foste um presente alagoano lindo para Pernambuco. Mas Pernambuco, às vezes, se esquece das dádivas que já recebeu. Por isso, cabe-nos a rotina da boa recordação. "Um sorriso, um abraço e uma flor: tudo isso é você na imaginação". E não foste apenas uma flor: foste um Jardim de Flores Raras. Com humor, fizeste poemas. Com poesia, contaste causos. Com jornalismo, escreveste canções. Sem nunca esquecer a tua cidade natal, insististe em nos dizer que Pernambuco é terra boa, o quão rica e bela é a nossa natureza, variada é a nossa cultura e importante é o nosso folclore.
Na Rádio, conduziste gostosas conversas espontâneas, feito um amigo íntimo da gente. Na prosa, foste um mestre. Nos causos, foste tanto arlequim, quanto pierrô. Na voz, foste elegância e firmeza. Para a nossa sorte, tu te fizeste o nosso poeta da saudade. Junto com Nelson Ferreira, José Menezes e outros, escreveste páginas notáveis no imenso livro do lirismo carnavalesco pernambucano. "Serpentina ou confete, carnaval de amor: tudo é você no coração". E sempre com carisma ímpar e sorriso farto, trilhaste brilhante trajetória artística nos festejos de Momo, nos estúdios das Rádios, nos palcos dos Teatros, nas páginas dos livros. Quanta risada gostosa arrancaste de nós, ao narrares tuas estórias engraçadas... Quantas lágrimas minaram dos nossos olhos, ao colocares pitadas de drama nas palavras... E no total domínio e genialidade desse teu ofício criativo, foste um grande espetáculo para o público. Aplausos mil para ti. Não houve sentimento imune às tuas palavras. E até os emblemas mundiais, como, por exemplo, o Papai Noel, rendeu-se e desmantelou-se diante do teu discurso simples e profundo de menino puro das Alagoas.
"Você existe como um anjo de bondade e me acompanha nesse frevo de saudade". Eu daria muito por mais um dedinho de prosa ao teu lado. Só iria escutar. O pouco de oportunidade que tive, valeu demais à pena. Mas agora, diante dessa distância indizível, cabe-nos sorrir com a lembrança da tua volumosa, alegre e sábia imagem, seguindo os preceitos que aprendemos contigo, afinal "quem tem saudade não está sozinho: tem o carinho da recordação. Por isso, quando estou mais isolado, estou bem acompanhado com você no coração".
Etiquetas:
Aldemar Paiva,
Amigo da Cultura,
Blocos Carnavalescos,
Blocos Líricos,
Brasil,
cultura,
homenagem,
João Araújo,
João Poeta,
Pernambuco,
Pernambuco você é Meu,
Verso
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015
Dia do Frevo - Pura Viração
Dia do Frevo - Pura Viração
E para comemorar o Dia do Frevo, música nova saída do forno intitulada PURA VIRAÇÃO, feita em parceria com o compositor e músico Luciano Magno. Um frevo alto-astral, alegre, olhando para o futuro e com o pé sempre na MPB. Abaixo, você pode escutar a música na voz de Luciano Magno, numa gravação recente realizada para o CD Um Bloco em Poesia - 15 Anos e também conferir a letra. Curta, divulgue, compartilhe!
Pura Viração
João Araújo e Luciano Magno
Eu sou poeta,
Ela, escorpião,
Eu trabalho a beça
E ela, malhação,
Em dia de chuva
Prefiro me molhar
E ela se desculpa
Em noite de luar
A nossa história
Nunca vai se acabar
Ela apaga vela,
Eu rezo pra santa
Ela canta e é bela
Nunca entrei no tom
Se faz feriado
Ela quer viajar
Já eu acordo tarde
E digo que vou ficar
A nossa história
Nunca vai se acabar
Amor singular, estranha paixão
Um veio de Tróia, o outro da Grécia
Eu sou lá da praia, ela é do sertão
O nosso romance é pura viração
É pura viração,
Pura viração,
Pura viração, pura!
Mais pura viração,
Pura viração,
Pura vira viração!
Etiquetas:
Blocos Carnavalescos,
Blocos Líricos,
cultura,
João Araújo,
João Poeta,
Luciano Magno,
MPB,
Música Popular Brasileira,
Pernambuco,
Um Bloco em Poesia,
Verso
Amigo da Cultura 2015
Quero agradecer à homenagem que recebi na última sexta-feira 06 de Fevereiro de 2015, no 15° Baile Monumental realizado em Olinda, Pernambuco. O Troféu que me foi concedido chama-se Amigo da Cultura 2015 e na descrição do mesmo consta que o recebi pelos serviços prestados à Produção Cultural de Pernambuco como compositor, poeta e escritor.
Como eu não pude estar presente, o meu pai, que também se chama João Araújo, foi o meu representante e recebeu o Diploma das mãos do Sr. Seronildo Guerra. Fico muito feliz com esta homenagem e gostaria de registrar aqui a minha gratidão a todos os envolvidos neste evento.
Seronildo Guerra e João Araújo |
Etiquetas:
Amigo da Cultura,
Blocos Carnavalescos,
Blocos Líricos,
Brasil,
Carnaval,
cultura,
homenagem,
João Araújo,
João Poeta,
Música Popular Brasileira,
Pernambuco,
troféu
domingo, 8 de fevereiro de 2015
Dia do Frevo - Ruas, Blocos e Canções
Dia do Frevo - Ruas, Blocos e Canções
No dia 09 de Fevereiro, em Recife, também comemora-se o dia do Frevo. O Frevo transcende o status apenas de gênero musical da música popular brasileira (o que já seria o suficiente) composto pelas vertentes frevo-de-rua, frevo-canção e frevo-de-bloco. Hoje, o Frevo trata-se de uma manifestação cultural que envolve a dança, a música, as alegorias, o folclore, a integração e dinâmica entre diversos Blocos, Orquestras de Pau-e-Corda e Orquestra de Metais, grupos de seguidores e carnavalescos, além de movimentar todo um fluxo socioeconômico de grande importância para a região e história da nossa cultura. O Frevo, portanto, representa a alma de um povo, traduzindo a sua essência e raízes.
Em Dezembro de 2012, o Frevo recebeu o título de Patrimônio Imaterial da Humanidade pela UNESCO. A seguir, o poema Ruas, Blocos e Canções foi composto para homenagear o Centenário do Frevo, virando depois uma parceria musical entre João Araújo e Luciano Magno e sendo interpretada pelo cantor André Rio no CD 10 Anos de Poesia. Você também pode assistir ao Clip Musical desta composição:
RUAS, BLOCOS E CANÇÕES
João Araújo e Luciano Magno
Meu Frevo surgiu
Da espada e da flor...
O filho da raça de um povo,
Da gente,
da massa que sempre cantou...
Bebendo do Capibaribe,
Dos becos do velho Recife,
Do poema que o sangue é capaz,
Das pontes e bairros tradicionais...
O Frevo cresceu
Com a força e o calor
Do salto de um capoeira,
Beirando
o infinito que um dia tocou...
Do brilho dos seus arrecifes,
Do sonho que um poeta já disse,
Orquestra, maestro, metais,
Sombrinhas solares, flabelos da paz...
O Frevo expandiu
Pela Terra, o fulgor...
Na esfera azulada, os clarins
Tocaram o que o povo sempre desejou...
Pastora, passista, cordões,
Bem-vindos aos corações...
Solfejo na voz dos corais
Regendo o segredo de mil carnavais
Toca o Frevo...
Toca mais...
Blocos, Canções, Frevos-de-Rua...
Evoluções feito a Lua,
Quando beija o Sol no Mar...
http://www.jpoeta.blogspot.com/
http://www.umblocoempoesia.blogspot.com/
Etiquetas:
Blocos Carnavalescos,
Blocos Líricos,
Carnaval,
João Araújo,
João Poeta,
Luciano Magno,
MPB,
Música Popular Brasileira,
Orquestra de Pau e Corda,
Pernambuco,
Recife,
Um Bloco em Poesia,
Verso
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015
DÉCIMA DO FREVO
DÉCIMA DO FREVO
(João Araújo)
Assista ao Video do Youtube para este Poema
na voz de Renato Phaelante e música incidental de Luiz Guimarães
I
O Frevo é festa, é luz, a voz do povo,
No fogo, ardem pernas, mil sombrinhas,
Passista voa sem perder a linha
E é tão sublime o seu feroz corcovo
Que a gente anseia ele arder de novo…
Nos ares, rasgam corpos, qual cavalos
Que lutam contra a gana de domá-los
E mais parece a vida estar parada
Perante audaz destreza e fé passada
Por tal gingante mostra de regalo…
II
No início foi vilão, esse menino,
Seguia a contramão, o capoeira,
Quicés, rabos-de-arraia e peixeiras,
Um farto repertório libertino,
Que da contravenção fez mal ensino…
Depois dessa maléfica etapa,
O tempo arrefeceu a quente chapa,
Em vez de violência, viu-se arte,
O mapa transformou-se em grande parte
E hoje flui a dança sem zurrapa…
III
Brotaram girassóis nas avenidas,
Sacis, locomotivas e rojões,
Mil saltos atiçando as sensações,
Porvir da resistência renascida…
Na cor pernambucana esculpida,
O frevo, enfurecida dança rara,
Sentiu arder a chama que o brotara…
Tesouras laminosas, dobradiças,
Ao vê-las, qualquer alma se enfeitiça,
Qualquer atrevimento se escancara…
IV
A ordem é incentivar as mentes
Das multidões a se afoitar no passo,
Parece mais um furacão no espaço
Ou rebuliço de um vulcão fervente…
Das profundezas da heróica gente
Coreografias, mandigueiras febres,
Diverso espasmo, ansiosa lebre,
Leis do improviso, bafejar de touros,
Tudo isso ergue um secular tesouro,
Rogo jamais que seu cristal se quebre!
V
Grande frevo, um símbolo de luta,
Resistência que o sol forjou nas vidas
Contra elites, a prima investida,
Contra a moda, em riste, a batuta…
Vai vencendo agressões e força bruta,
Levantando um castelo cultural,
Impagável troféu descomunal,
De expressão popular e erudita,
Tradição, modernismo e a bendita
Transcendência voraz do carnaval…
VI
O cabo, a haste, a vassoura, o farol,
Viris imagens do frevo-de-rua,
Imenso rol das façanhas mais cruas
Do militar, da espada e do Sol,
Onde é império, opulento paiol…
Frevo-coqueiro, de notas agudas,
Frevo-de-abafo, contendas raçudas,
E o ventania por onde atua
Semicolcheia que o tempo recua
Pelos metais, na estridência desnuda…
VII
Das saudades, da flor, lira, violões,
Feminina imagem traz os blocos,
No coral, as pastoras são o foco
Propagando solfejos e emoções…
A seguir seus flabelos e brasões,
Pau-e-corda desenha o bailar,
E do nobre poeta, a recriar
Todas glórias eternas do amor,
O cordão invisível faz furor
E evolui na magia do luar…
VIII
Mais um terceiro, o frevo-canção:
Na força herdeira do frevo-de-rua,
Na voz, o cheiro dos blocos da lua,
Traz tão festeiro cantar ao salão…
Vem, a guitarra, ganhar atenção,
Trios elétricos tocam vorazes,
Os seus intérpretes chamam os azes
Para pularem na louca avenida,
Por toda a parte, a geral incontida,
Grita feliz as canções contumazes…
IX
Segue herói, nosso frevo pela estrada
Vai no oito-e-oitenta da emoção
Por um lado essa brasa da paixão,
Pelo outro, essa paz da madrugada…
Ó vilão mais sagrado da emboscada!
Militar mais preciso da folia!
Teu lirismo saúda a noite e o dia,
Tua história ensina a ser guerreiro
Grande frevo, devasso e brejeiro,
Nobre voz que do peito traz poesia…
X
Seguirás forte, nordestino canto,
Nunca fraquejes, meu melhor amigo,
Pois se morreres, morrerei contigo,
Parte-se a lira e todo o seu encanto…
Quero comigo o ardor do manto,
Essa esperança a desfilar renhida,
A resistência que da alma é lida,
Esse clamor, ó meu fiel lanceiro,
Da fé medida, o relutar certeiro,
Nas ruas, blocos e canções da vida…
Poema: Décima do Frevo
Recitado no CD "10 Anos de Poesia" (2010)
Voz de: Renato Phaelante
Músicas incidentais: frevos-de-rua de Luiz Guimarães
Músicas incidentais: frevos-de-rua de Luiz Guimarães
domingo, 1 de fevereiro de 2015
Carnaval de Pernambuco: Meu Principado
![]() |
foto extraída do Blog do Coral Edgard Moraes |
Na data comemorativa dos 25 anos de fundação do Coral Edgard Moraes, eu e o meu parceiro Luciano Magno elaboramos uma composição chamada Meu Principado. Para criar o poema, eu me coloquei no lugar das integrantes do referido Coral, que são herdeiras do compositor Edgard Moraes e do seu irmão, o Raul Moraes. Ambos legaram obras musicais de um lirismo ímpar para Pernambuco. Portanto, o texto fala dessa herança musical que elas receberam dos irmãos Moraes. A nossa composição, depois, foi gravada no CD Cantos & Encantos, recebendo um arranjo do Luciano Magno e sendo interpretada por Valéria Moraes e pelo Coral Edgard Moraes. Aqui, segue o poema que gerou a nossa composição:
MEU PRINCIPADO
João Araújo e Luciano Magno
Cresci ouvindo o canto trovador
Do principado dos irmãos Moraes,
Meus ancestrais, que a Lira tanto amou,
Tecendo as suas rendas musicais...
Carrego a Lua, a Noite e o Arrebol
São meus flabelos e a feminina luz
Que eu liberto aqui de dentro é Sol,
Esse cantar, que só o amor produz...
Eu sou Saudade, Aurora contumaz,
Com o Marco Zero do meu coração,
Revejo a minha gente, e é bom demais,
Que chega a gente chora de emoção...
Eu sou a praça que se dá as mãos,
Sou a fusão da força com a paz,
Reinventando um Bloco sem cordão,
Pra além da glória desses carnavais...
![]() |
foto extraída do Blog do Coral Edgard Moraes |
sábado, 24 de janeiro de 2015
Bloco "Flabelos Cantantes" homenageia compositores
Em Pernambuco, o Bloco Carnavalesco "Flabelos Cantantes", cujo presidente é o Ricardo Andrade, realizou uma homenagem a diversos compositores. A ideia foi vestir a ala de fantasiados do Bloco com uma fantasia cuja a estampa traz imagens de vários compositores. Entre esses compositores, tive a honra e alegria de ser homenageado. Na foto abaixo, encontro-me na estampa da fantasia mais a esquerda. Aqui registro a minha gratidão ao presidente do Bloco, diretoria e demais integrantes por essa homenagem.
![]() |
Nas estampas das fantasias os compositores: João Araújo, Ricardo Andrade, Eli Madureira e Edgard Moraes. |
sábado, 13 de novembro de 2010
CD 10 Anos de Poesia
Lançamento
CD 10 Anos de Poesia
10 ANOS DE POESIA E UM ETERNO TRIBUTO
Como numa corrida sadia, sem disputa… Como numa passagem dos genes sem minuta… Como numa música que nas profundezas da mente se escuta… Um gingado magano dilui-se nas querelas-benditas dos becos bêbados de frevos, de sambas, de choros, de cada eternidade-carnaval que se manifesta nesses Arrecifes de Coraisções. As ruas, os blocos, as canções… Cansadas de guerras líricas e maracaturizadas nos suores-tambores que o tempo não vence nunca o ressoar – nem quando, um dia, a matéria deixar a alma solta frevar-se desvairada pelo abstrato – sobem, do peito aos olhos, as lágrimas, cabendo as dores todinhas (expurgando-as), bem como as alegrias extraídas das ansiedades de se não mais querer parar. Um frevo-salto-paraíso-proibido, em décadas a rasgar pernas-tesouras pelos ares e mil sacis de raça forte e sangue quente, relança as misturas e recriações que vão das serenatas boêmias e do metal militar, à afoiteza de um jazz bem-vindo, metendo o bedelho onde sonhava sempre, esbaforido, suar.

Lutou e luta muito o frevo, negro-velho da poeira e da praça, da libertinagem de que a carne humana, sedenta, é feita, num cai-não-cai maloqueirado. A busca, a lasca, o arrocho, o arretado!… Os clarins desse borbulhar corruptelado gritam de ponta-de-pé-de-moleque, preto-multi-branco-misturado, contra as indiferenças e desinteresses ralos. O frevo, zás-de-sombrinha!, vai seguindo, imparável, no andar cortejado, no erguer do flabelo, no evoluir da pastora, no vôo do gato, no bote da cobra. Espalha o seu veneno venerado. Com a musicalíssima raiz sua, ele deixa o legado a um amanhã de compositores-de-fé, de Dudas (impecável-de-sobra); de Nascimentos-vigorosos (com bem merecida nacionalidade adquirida do País do Frevo: cidadão-frevo-rebuscado); de um Galo, único e agigantado, que rompe qualquer limite imaginado; de Blocos Líricos sempre reinventados; de príncipes Moraes e Ferreiras e Santiagos…
De coisa básica é feito, o frevo, de um amolengado da gota serena é constituído; de uma malandragem de caçarola de feira. De palafita, um fino arrastado. De prego, um furo-aventurado… Vai brigando com gente grande, menino danado! O FREVO é gingante. Vai vencendo. Nunca derrotado. Sempre será vilão-imaculado, porque o peito bate em binário. Já repararam?! Pode vir a malícia dos modismos, no aproveitamento dos ilícitos atos, pode vir o que for achado. A raça do frevo é herança infindável. Vai continuar na luta como sempre tem continuado: abençoado.
Este CD comemorativo dos 10 anos da Trupe Lírico-Musical Um Bloco em Poesia é um tributo a todas as manifestações culturais de Pernambuco, especialmente ao Frevo.
Ficha técnica:
Título: 10 Anos de Poesia
Ano: 2010
Repertório:
01 - A MAGIA DOS ETERNOS CARNAVAIS (João Araújo / Dalva Torres) Coral um Bloco em Poesia
02 - RUAS, BLOCOS E CANÇÕES (João Araújo / Luciano Magno) André Rio e Coral um Bloco em Poesia
03 - MONUMENTO ARMORIAL (João Araújo / Adalberto Cavalcanti) Coral um Bloco em Poesia
04 - JARDIM DAS PASSARELAS (João Araújo / Dalva Torres) Coral um Bloco em Poesia
05 - MOTO CONTÍNUO (João Araújo / Luciano Magno) Gustavo Travasso e Coral um Bloco em Poesia
06 - RETALHOS DE UM BLOCO (João Araújo / Evane Sarmento) Coral um Bloco em Poesia
07 - ALÔ, ALÔ RECIFE (João Araújo / Dalva Torres) Coral um Bloco em Poesia
08 - ESTANDARTE POESIA (João Araújo / Adalberto Cavalcanti) Coral um Bloco em Poesia
09 - FREVO E PAIXÃO (Luiz Guimarães) Bruno Simpson
10 - FUNDAMENTOS DA SAUDADE (João Araújo / Dalva Torres) Dalva Torres
11 - A LUZ DOS BLOCOS (João Araújo / Luciano Magno) Luciano Magno e Coral um Bloco em Poesia
12 - BRINCANTES DO CAVALO MARINHO (João Araújo / Dalva Torres) Coral um Bloco em Poesia
13 - RAÍZES DO CINEMA NACIONAL (João Araújo / Dalva Torres) Coral um Bloco em Poesia
14 - MEU FREVO (João Araújo / Samuel Valente) Silvério Pessoa
15 - SENHORA DAS ÁGUAS (João Araújo / Dalva Torres) Ed Carlos e Banda Sinfônica do Recife
16 - DÉCIMA DO FREVO (João Araújo) Renato Phaelante
Etiquetas:
Blocos Carnavalescos,
Blocos Líricos,
Capibaribe,
Carnaval,
João Araújo,
João Poeta,
Luciano Magno,
Orquestra de Pau e Corda,
Recife,
Um Bloco em Poesia,
Verso
Subscrever:
Mensagens (Atom)
Outros Contatos
Veja Links para matérias de João Araújo:
- Um itinerário crítico para o imaginário de Mafalda Veiga:
Decomposição de um cancioneiro através da imaginação da matéria
in Germina - Revista de Literatura e Arte. (link para o artigo)
Outros Contatos:
- Um itinerário crítico para o imaginário de Mafalda Veiga:
Decomposição de um cancioneiro através da imaginação da matéria
in Germina - Revista de Literatura e Arte. (link para o artigo)
Outros Contatos: