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sábado, 5 de março de 2016

3 Situações Básicas sobre o Cumprimento da Lei

1) Um cidadão de bem é parado por uma Blitz na estrada. O guarda lhe pede para mostrar o documento do carro e fazer o teste do bafômetro. Se o cidadão se negar a fornecer as informações à autoridade, o que será que ele está escondendo?

2) Um pai de família que caminha pela rua é parado por dois policiais que lhe pedem para mostrar a carteira de identidade. O que custa ao cidadão fornecer esta informação básica aos que fazem o trabalho de rotina da segurança pública?

3) Um outro cidadão (que por acaso é político) é chamado para depor na Polícia Federal. Se este cidadão não deve nada à Lei, porque se nega a colaborar com as investigações que estão em curso?

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Ratazana de Paletó (Corrupção)

A palavra de ordem que me levou a compor esta música foi indignação. Acho que estamos cansados de presenciar em nossas vidas tantos casos de falcatrua com tanta frequência. Peguei-me a pensar no caso da corrupção no plano político e veio-me a imagem de uma Ratazana de Paletó.

Seguiu, assim, um desabafo, que fui organizando em forma de canção. Se você estiver também indignado com tudo isso o que está acontecendo contra o Brasil, tudo isso o que estão fazendo contra você e contra a sua família, toda essa palhaçada que estão fazendo com o futuro dos seus filhos e netos, então escute esta música. 





Corrupção (Ratazana de Paletó)


Cambada de gatuno
Ratazana de paletó
Larápio carrancudo
Utopia do xilindró
Escapa sorridente,
Escorrega, compra gente
E volta sempre e a gente vota
Porque a gente vota sempre?!...


Quadrilha de "Al Capone"
"Alibabaca" tupiniquim
Cachorro "morta-fome"
Rouba a mãe, bicho ruim!
Coloca o poder público
A serviço da tua gangue
Quero mais um Ministério,
Bolsa-voto, bolsa-império


Assassino da confiança
Mafioso Federal
Ladrão da esperança
Fundador do paraíso fiscal
Resolvo os seus problemas
Sou sua doce alma-gêmea
És mesmo um filho da pátria-mãe
Mereço o irmão que tenho


Será que os nossos filhos viverão uma Nação?
Serão os nossos netos afortunados cidadãos?
Quem puxará definitivamente o freio de mão?
Podemos num conchavo encontrar a solução...


É dono da polícia,
Comprou Juiz e o escambau...
Estuprou a honestidade
Nova lei ditatorial
Chafurda companheiro
Que a liberdade de expressão
Pode ser contra a tua Laia
Escumalha de aldrabão


Carcará insaciável
Infeliz humanização
Criatura imprestável
Vergonhosa criação
Carrega tua mesada
Mendiga o teu milhão
Ó Judas do Planalto
Teu assalto é deserção


Urubu de empreiteira
Verminose social
Desfruta da nojeira
Nossa escória nacional
Ó corja dominante
Ó alcatéia de atrofiados
Abocanha a carniça
Mas leva aqui o meu bom bocado


Corrupção... que opção?
Corrupção... que opção?
Corrupção... que opção?
Corrupção... que opção?
Corrupção... é opção?!

Corrupção: como convencer o "todo" a mudar as suas "partes"?

De um bom tempo para cá, estamos todos presenciando uma grande onda informativa sobre casos de corrupção. A cada semana, às vezes a cada dia ou a cada mês surge um novo caso, um novo absurdo, que ilustra os noticiários e as nossas vidas. Estamos exaustos disso. 

É notório que a corrupção não ocorre apenas no Brasil. Está longe disso. É um problema mundial. A corrupção também não é um privilégio da esfera política. A semente da corrupção é cultural. E se essa semente germina, qual erva daninha, aí sim ela pode crescer e povoar campos perigosos da sociedade, como é, justamente, o caso da povoação da esfera política. 

É esse o estado de sítio em que o Brasil se encontra. A erva daninha já invadiu todos os espaços da sociedade e fincou raízes tenebrosas na política do país. Existem pessoas nos mais importantes postos que fazem uso dos seus relacionamentos, utilizam a sua posição privilegiada para agendar e tocar para a frente projetos egoístas e criminosos em detrimento do todo. Tais projetos causam prejuízos quase irreparáveis para o bem estar da sociedade, para as necessidades básicas da população e passam por cima da confiança que esta mesma comunidade depositou neles em tempos eleitorais.

A solução complexa viria de uma revolução sócio-cultural, uma reforma política rigorosa e principalmente uma reformulação no programa educacional que tenha alcance profundo a ponto de conseguir atingir e modificar sensivelmente as células constitutivas de toda a população. É um trabalho para ser levado a peito durante décadas, gerações e mantido sob vigilância constante. Vai muito além dos interesses partidários. Está acima disso tudo. É preciso "muito querer" e muita "determinação". Como convencer o Todo a mudar as suas Partes

domingo, 15 de fevereiro de 2015

O Velho

O Velho 

Aparentemente tão cansado, continuava, o velho, a recitar o seu breviário… 
Pele rústica, angulosa face, veludosa voz, 
Continuava a recitar o seu breviário… 
Corpo curvo, brutas extremidades, seco, sem recheio, 
Continuava a recitar o seu breviário… 
Pés descalços, pisada grossa, pelas ruas do mundo 
Continuava a recitar o seu breviário… 
Olhos vagos, sem onde, olhos sem… 
Continuava a recitar o seu breviário… 
Escutando chistes, mal dizeres, descobrindo-se louco, 
Continuava a recitar o seu breviário… 
Em meio a indiferenças, arrogâncias, exercícios de poderes, 
Continuava a recitar o seu breviário… 
Sem casa, sem bandeiras, sem outras moradas, 
Continuava a recitar o seu breviário… 
Empunhando a flor, aquela flor, a galega flor, 
Continuava a recitar o seu breviário… 
Continuava a recitar o seu breviário… 
Aquele Velho, talvez de Holanda, com uma flor pelo mundo, 
Continuava velho, 
A recitar o seu bendito breviário… 

Poema: O Velho
Publicado na "Oficina de Poesia" 
Revista da Palavra e da Imagem nº 15, II série semestral, Março 2011
Editora: Palimage - A Imagem e A Palavra
Lisboa, ISSN 1645-3662

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Homem-santo

Homem-santo 


Retirem 
Os pilares secretos 
Que sustentam os Homens-santos...

Procurem 
Parafusos certos 
No projeto do Homem-santo… 

Recolham esse preciso 
Adjetivo do que é santo 
E desloquem o seu pedaço 
Para qualquer outro canto...

Verão 
cair o traço do Homem-santo
Tombar 
o santo do Homem santo
Baixar 
a estatura daquele Homem 
Restar 
a fome de um homem só 
Uma forma 
pura em dom menor 
Balé 
estanque e decrescente, 
Somente 
porção do que era pó...



Poema: Homem-santo
Publicado na "Oficina de Poesia" 
Revista da Palavra e da Imagem nº 15, II série semestral, Março 2011
Editora: Palimage - A Imagem e A Palavra
Lisboa, ISSN 1645-3662

Outros Contatos

Veja Links para matérias de João Araújo:

- Um itinerário crítico para o imaginário de Mafalda Veiga:
Decomposição de um cancioneiro através da imaginação da matéria
in Germina - Revista de Literatura e Arte. (link para o artigo)