De um bom tempo para cá, estamos todos presenciando uma grande onda informativa sobre casos de corrupção. A cada semana, às vezes a cada dia ou a cada mês surge um novo caso, um novo absurdo, que ilustra os noticiários e as nossas vidas. Estamos exaustos disso.
É notório que a corrupção não ocorre apenas no Brasil. Está longe disso. É um problema mundial. A corrupção também não é um privilégio da esfera política. A semente da corrupção é cultural. E se essa semente germina, qual erva daninha, aí sim ela pode crescer e povoar campos perigosos da sociedade, como é, justamente, o caso da povoação da esfera política.
É esse o estado de sítio em que o Brasil se encontra. A erva daninha já invadiu todos os espaços da sociedade e fincou raízes tenebrosas na política do país. Existem pessoas nos mais importantes postos que fazem uso dos seus relacionamentos, utilizam a sua posição privilegiada para agendar e tocar para a frente projetos egoístas e criminosos em detrimento do todo. Tais projetos causam prejuízos quase irreparáveis para o bem estar da sociedade, para as necessidades básicas da população e passam por cima da confiança que esta mesma comunidade depositou neles em tempos eleitorais.
A solução complexa viria de uma revolução sócio-cultural, uma reforma política rigorosa e principalmente uma reformulação no programa educacional que tenha alcance profundo a ponto de conseguir atingir e modificar sensivelmente as células constitutivas de toda a população. É um trabalho para ser levado a peito durante décadas, gerações e mantido sob vigilância constante. Vai muito além dos interesses partidários. Está acima disso tudo. É preciso "muito querer" e muita "determinação". Como convencer o Todo a mudar as suas Partes?